segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Últimos desenvolvimentos

Às 27 semanas, do alto do seus 800 gramas, o Pedro achou por bem que estava na altura de nascer. Não se sabe o que despoletou nele esta súbita vontade de vir ao mundo (muito) antes do tempo que seria suposto mas eu desconfio que a minha barriga deixou de ser um lugar agradável para um bebé. Para além dos meses de gravidez anteriores, marcados por tudo o que é mau, os níveis de stress a que fiquei sujeito durante essa semana, foram a gota de água. No dia 15 de Junho, acordei com a barriga dura como uma pedra mas pensei que aquilo era só ele a crescer. Eram contracções. Só descobri isso à noite quando a Carla, uma amiga enfermeira com experiência nestas coisas, me aconselhou a ir à urgência. Desde esse dia que, após uns dias de internamento a tomar umas coisas para que o Pedro aguentasse cá dentro, estou em "repouso absoluto" e a rezar para que ele fique por cá mais uns tempos. Nas primeiras duas semanas depois de vir do hospital, dormia quase 24 horas por dia, tal era o meu cansaço e achei que aquele descanso forçado era uma bênção! E foi mesmo! Mas após esse tempo, começou o martírio. Dias inteiros fechada em casa a fazer passeios da cama para o sofá e do sofá para a cama e com a sensação que o raio do miúdo ia cair a qualquer momento. Ainda fui internada mais uma vez e desde então para cá, apesar do calor infernal que tenho sentido, a coisa está mais calma. Não tem sido nada fácil mas dizem que quando o tiver nos braços, tudo se esquece. E a vontade de o ter cresce de dia para dia. 

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