quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

A minha primeira saída à noite após o Pedro (Yeah!)

Na passagem de ano, saí à noite!Sim, sim...pareço uma adolescente a anunciar ao mundo a primeira saída...Mas é que eu já não faço isto há precisamente 18 meses, altura em que fiquei em casa com gravidez de risco. A partir de então das pouquíssimas vezes que tentei fazer a loucura de pôr o nariz fora de casa para lá das 20:00h o Pedro acordou aos berros (literalmente aos berros) e acabei sempre em casa, na cama e com a sensação de que estava prisioneira para a vida toda dos sonos do meu filho. Na noite de passagem de ano, dei de mamar ao Pedro, adormeci-o e decidimos arriscar uma vez mais e deixá-mo-lo com os avós. E não é que correu bem? O miúdo não só não acordou como, segundo a descrição da minha mãe, dormiu como um pequeno texugo a noite inteira. Como é possível? Como assim a noite inteira se, comigo, não dorme mais do que 4 horas (e isto já é a loucura) seguidas? Não parei de olhar para o telemóvel a noite toda, na expectativa de receber uma chamada dos meus pais a implorar que fosse para casa e com o típico sentimento de culpa por ter deixado o meu filho em casa enquanto eu ia para a festa. Não recebi chamada nenhuma e de manhã, fui dar com ele bem disposto, sorridente e sem grande ressentimento por tê-lo deixado (pequeno ingrato!)...Quanto a mim, cheguei a casa relativamente cedo para uma noite de passagem de ano, mas tão estourada que acho que só volto a repetir a façanha outra vez, daqui a 18 meses. Já não tenho energia para aguentar tantas horas de pé a ver miúdas a cantar as canções todas de cor (pelos vistos já são "bué" antigas mas eu nunca as ouvi), a ter de gritar para me fazer ouvir, tal é o volume da música e a fingir que estou super contente quando na verdade, dói-me tudo e só me apetece chegar a casa, comer uma rabanada e ir dormir 24 horas seguidas. Portanto, a expectativa de dançar até de madrugada enquanto convivo alegremente com as minhas amigas de infância (não esteva lá nenhuma porque todas têm pequenas feras em casa a precisar delas) foi por água abaixo. Há coisas que têm piada no tempo certo e estas aventuras nocturnas, definitivamente, já a perderam. Portanto, a próxima saída não está agendada para breve...talvez no próximo dia 31 de Dezembro pense nisso. 

Avós

Os últimos dias têm sido duros. Entre noites mal dormidas (e não dormidas também), idas às urgências com o Pedro, diarreias, preocupações constantes e dores no corpo todo, não houve tempo para parar. Nem para pensar. Não tenho dormido mais de 4 ou 5 horas por noite, interrompidas pelos frequentes despertaras do Pedro. De manhã, levanto-me com a sensação de ter levado uma sova e vou trabalhar em piloto automático. Mas no meio deste caos de cansaço e de teste à resistência física e psicológica, temos a sorte imensa e indescritível de ter avós disponíveis que ajudam a tornar os dias (e as noites) mais leves e suportáveis quando o cansaço nos vence. Os anjos também existem aqui na terra e nós temo-los bem perto de nós. Ver o amor que existe entre o meu filho e os avós, podermos entregar-lhes o nosso maior tesouro, de olhos fechados e ir trabalhar com a certeza de que será tão amado por eles como por nós, não tem preço. E não é preciso esperar pelo dia dos avós ou pelo dia de aniversário de um deles para dizer isto...todos os dias são dias de agradecer...a eles pela ajuda enorme que têm dado e a Deus pela graça de os termos por perto.
E então se eles não estivessem, conseguiríamos? Claro que sim...tenho a perfeita noção de que, a maioria dos pais não tem este precioso suporte e também conseguem...mas isso ainda nos dá mais razões para sermos gratos.