segunda-feira, 4 de abril de 2016

A gravidez: essa fase tão bonita da vida de uma mulher. Só que não.

Se me perguntarem se estou a gostar de estar grávida a minha resposta será um imediato e decidido e gigante NÃO.  Tem sido horrível. Não vale a pena pintar isto com as cores do arco-íris. Dizem que gravidez não é doença (ah ah ah). Pois não. Não é. Mas é assim que me tenho sentido desde as oito semanas: doente.  Tendo em conta que estou com uma gestação de dezasseis semanas (mais coisa menos coisa) significa que há cerca de dois meses que tenho a sensação de ter sido dominada por um vudu poderosíssimo capaz de me arruinar a vida: enjoos (muitos, constantes e perturbadores), um cansaço gigante que me faz sentir incapaz de levar a vida, tonturas, dores de cabeça dia sim dia sim, uma azia que me deixa a arder, gengivites (até gengivites...quem tem gengivites na gravidez pelo amor de Deus?), alterações de humor que tanto me deixam histérica de alegria como deprimida e a chorar sem motivo...enfim...tudo de bom. "Ah isso é normal", dizem as pessoas entendidas na coisa...pois, está bem. Obrigada pela informação mas isso não diminui a sensação de ter sido esborrachada por um tractor. A minha esperança sempre foi que isto durasse "apenas" até aos três meses. A verdade é que já estou quase de vinte semanas e ainda não consegui largar o nausefe (bendito comprimidinho que ao menos me deixa ir trabalhar apesar de me dar uma moca de sono que me deixa a dormir em pé). 
Posto isto, tenho a dizer que a maternidade, para mim, não está a começar da melhor forma. Se há partes boas? Claro que sim (aposto que já estavam a chamar-me desnaturada e egoísta). A parte boa é tudo o resto...saber que o pequenino(a) está bem, que está a crescer, que tem mãozinhas, pézinhos, que o coração bate depressa, pensar no nome, pensar no quartinho, enfim...pensar que há uma vida a crescer aqui dentro (o que não deixa de ser perturbador, mas maravilhoso).

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